Review | Nexomon: Extinction é o ‘clone’ de Pokémon que você precisa jogar

No panteão dos games, poucas sombras são tão longas e intimidadoras quanto a de Pokémon. Por décadas, a franquia da Nintendo definiu as regras, o tom e as expectativas do gênero de captura de monstros. Muitos tentaram replicar a fórmula; a maioria falhou ou foi esquecida. Mas, de vez em quando, surge um desafiante que não apenas entende a magia do original, mas ousa corrigi-la, aprimorá-la e, o mais importante, dar uma boa risada no processo. Esse desafiante é Nexomon: Extinction.

Nexomon: Extinction - Announcement Trailer | PS4

Lançado em 2020, o jogo da VEWO Interactive já provou que não era apenas um lançamento passageiro. Anos depois, ele se consolidou como uma das melhores e mais robustas alternativas do gênero. Se você o deixou passar na época ou está procurando uma aventura rica em conteúdo e personalidade, prepare-se. Esta é a análise definitiva do porquê Nexomon: Extinction merece sua atenção.

Um mundo à beira do apocalipse (com um ótimo senso de humor)

A primeira e mais notável diferença em relação ao seu concorrente é o tom. Esqueça a jornada ensolarada de um garoto de 10 anos para ser o melhor de todos. Em Nexomon: Extinction, o mundo está, literalmente, acabando. Você acorda em um orfanato em um planeta devastado por uma guerra milenar entre humanos e os “Tyrants”, Nexomons de poder cataclísmico. A humanidade está acuada, e a Guilda de Tamers, da qual você fará parte, é a última linha de defesa.

Essa premissa sombria, no entanto, é a tela de fundo para um dos roteiros mais afiados e engraçados do gênero. O jogo é recheado de humor autoconsciente, quebras da quarta parede e personagens sarcásticos. Seu companheiro robô, Coco, não perde uma oportunidade de fazer piada com os clichês de RPGs ou com a sua própria incompetência. Essa dualidade entre uma trama épica e um humor inteligente é o grande trunfo narrativo do jogo, criando uma experiência que é ao mesmo tempo envolvente e hilária.

Review | Nexomon: Extinction

No controle do tamer: mais estratégia, menos passeio no parque

Nexomon: Extinction pega a fórmula de combate em turnos que conhecemos e adiciona camadas de estratégia que fazem toda a diferença.

Review | Nexomon: Extinction

Explorando um mundo vibrante e cheio de segredos

Visualmente, o jogo é um deleite. Com um estilo de arte 2D vibrante para os personagens e ambientes, ele exala charme e personalidade. Onde ele realmente brilha é no design das mais de 380 criaturas. Cada Nexomon é criativo, bem animado e distinto. É visível o cuidado da VEWO em criar um elenco de monstros que não fossem meras imitações, mas sim seres com identidade própria.

O mundo é vasto e recompensa a exploração. Cidades, cavernas, desertos e tundras estão repletos de segredos, itens escondidos e centenas de missões secundárias. Embora algumas dessas missões sejam simples (o clássico “traga-me 10 itens”), muitas expandem a história do mundo e apresentam personagens memoráveis.

Pontos fortes e fracos

Veredito: para quem é nexomon: extinction em 2025?

Nexomon: Extinction é uma carta de amor ao gênero de captura de monstros, feita por quem claramente entende o que torna essa fórmula tão viciante, mas que não teve medo de aparar as arestas e adicionar sua própria personalidade. Ele conseguiu sair da sombra de seu inspirador para se tornar um pilar do gênero por mérito próprio.

Este jogo é para você se:

Se você se encaixa em qualquer um desses perfis, a resposta é um sonoro “sim”. Vale muito a pena mergulhar no mundo de Nexomon: Extinction. É uma aventura charmosa, inteligente e desafiadora que prova que há espaço para mais de um rei na selva dos monstros de bolso.

Nota: 6

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