Análise | Capcom Fighting Collection reúne grandes clássicos dos anos 90

Reviva o momento de outro dos jogos de luta

Eu nasci em meados dos anos 1990. No meu tempo, a locadora era o sonho de toda criança. Na sexta-feira íamos até a mais próxima com a esperança de encontrar os nossos jogos favoritos. Caso não encontrasse o seu game só existiam duas alternativas: ir até a outra locadora ou aguardar alguém devolver o cartucho que você tanto queria jogar.

Coletâneas como Capcom Fighting Collection eram impossíveis quando eu tinha 8 anos de idade. Ver isso hoje, aos 29, é um simplesmente nostálgico. Uma oportunidade jogar quando eu quiser os títulos que preencheram vários sábados e domingos de minha vida, numa época em que a única preocupação era vencer o Bison sem levar nenhum golpe.

Análise Capcom Fighting Collection

O Capcom Fighting Collection está disponível para Nintendo Switch, PC, PS4 e Xbox One. O pacote conta com 10 jogos, sendo em sua maioria das franquias Darkstalkers e Street Fighter:

Série Darkstalkers

Série Pocket Fighter/Street Fighter

Outros

Com exceção de Vampire Hunter 2 e Vampire Savior 2, todos os jogos têm a versão americana e japonesa disponíveis. Esse recurso me chamou a atenção, pois dá a oportunidade de ver algumas diferenças existentes por causa na necessidade localização dos títulos.

Os games podem ser curtidos no tradicional modo offline, para um ou dois jogadores, ou no modo online. As partidas na rede podem ser jogadas no modo casual ou ranqueado. A melhor parte é que você pode selecionar quais games deseja esperar no lobby, por exemplo, é possível selecionar Hyper Street Fighter II, Darkstalkers e Vampire Savior 2 ao mesmo tempo, e entrar no título que primeiro tiver uma sala disponível. É bom ressaltar que o ranqueamento continuar sendo individual, então cada jogo tem sua lista específica de melhores players.

Também é possível jogar com amigos ou criar campeonatos particulares através da Partida Personalizada. Eu, particularmente, usei mais este recurso, pois encontrei partidas mais rapidamente por ele.

O jogo traz muitas opções para configurar a interface de usuário. Você pode alterar entre 7 filtros de exibição de tela em 5 tamanhos diferentes. Eu testei Capcom Fighting Collection em duas TVs: uma de 32’’ e outra de 58’’. Os filtros que imitam os televisores analógicos ficam bem mais legais em telas pequenas, por isso, eu preferi jogar a maior parte do tempo na TV de 32’’, justamente pela aspecto retrô.

Quanto a jogabilidade não há o que reclamar. Todos os games foram bem adaptados aos comandos do Xbox e, além disso, é possível ajustar o atraso de comando para partidas online. A Capcom teve todo um cuidado para tornar a experiência limpa nesta coleção.

Análise Capcom Fighting Collection

Lembra das galerias de arte e OSTs que os games de luta costumavam ter? A Capcom trouxe isso para a coleção. É possível conferir diversas artes conceituais, sketchs e pôsteres escaneados em alta definição, bem como as trilhas completas de cada jogo. Para quem, assim como eu, cresceu nos anos 90, sabe que naquela época estes extras eram as DLCs dos jogos, e ter acesso a este tipo de material era, e continua sendo, muito legal.

Veredito

Capcom Fighting Collection revive uma época de ouro dos games de luta, um tempo em que nós, jogadores, passávamos horas e mais horas lendo revistas tentando aprender comandos e estratégias para mestrar personagens e vencer nas locadoras e fliperamas. Esta coletânea é um deleite para os old gamers e também uma oportunidade para os mais jovens conhecer o legado dos “jogos de luta raiz”.

Com certeza merece estar na biblioteca, principalmente pelos títulos da série Darkstalkers, pois há muitos anos não davam as caras por aí. É uma coleção com jogos atemporais e que continuam sendo divertidos e desafiadores após quase 30 anos de história.

Nota: 8

Uma cópia de Xbox One foi cedida gentilmente pela Capcom para a realização desta análise.

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