Análise | Rainbow Six Extraction mostra como a franquia pode ser versátil

Junte-se aos maiores operadores do mundo e enfrente o desconhecido

Com quase 25 anos de história a franquia Rainbow Six passou por muitas mudanças e se adaptou muito bem as tendências de cada geração de consoles e PCs. Após o sucesso de Vegas a série retornou em 2015 com R6 Siege, um reboot de sucesso que conta com uma base de milhões de jogadores em todas as plataformas.

Baseando-se neste novo universo surge o spin-off Rainbow Six Extraction. Um jogo multiplayer cooperativo para até 3 pessoas, mas que também pode ser curtido em modo solo, desde que você esteja conectado à rede. Conheça a seguir um pouco mais sobre este shooter que está disponível para Amazon Luna, Google Stadia, PC, PS4, PS5, Xbox One e Series X|S.

Na história do game a Terra foi invadida por uma espécie alienígena parasita chamada Archæans. Para combater esta ameaça os melhores agentes operacionais do mundo foram reunidos com o intuito de enfrentar e estudar o inimigo desconhecido.

O que você precisa saber

Bom, Rainbow Six Extraction não é apenas um spin-off de R6, isto é, ele traz muitos elementos de seu antecessor, começando pelo elenco de operadores. Todos os personagens são nossos bons e velhos amigos de Siege. Outro ponto familiar é a jogabilidade que segue a mesma estética tendo apenas algumas alterações e adaptações para atender a proposta do jogo.

Existe campanha? Tecnicamente sim, mas não do jeito que você está esperando. O game é dividido em áreas e cada área, por sua vez, tem suas próprias subáreas. A cidade de Nova Iorque, por exemplo, abrange três mapas: Moonlight Gardens, Liberty Island e Delegacia. Para progredir no jogo você deve cumprir os objetivos do mapa e subir de nível. A medida em que seu nível aumenta novos mapas são liberados, sendo necessário alcançar, no mínimo, o nível 16 para liberar o último local.

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Imagem: Gabriel Magalhães | Forever Jogando

Em outras palavras, embora não seja uma campanha rica em detalhes existe um lore no formato de códices, animações e um início meio e fim para a narrativa do jogo. Esta decisão da Ubisoft não me pareceu uma surpresa, pois a maioria dos jogos deste segmento seguem o mesmo estilo.

Ele vai substituir Rainbow Six Siege? Não. São games diferentes, com propostas diferentes. Extraction está na categoria de cooperativo e o Siege é um multiplayer versus, onde times se enfrentam em busca da vitória. Em Extraction você joga contra a CPU cumprindo objetivos.

Jogabilidade

É natural que num primeiro momento, ao ver Extraction, a gente o compare a Left 4 Dead, Back 4 Blood e WWZ, por exemplo, mas depois de jogar quase 30 horas eu posso dizer que não é bem assim. Claro que ele pode ser considerado um game do mesmo gênero, mas a proposta é diferente de seus concorrentes.

A cereja do bolo é a randomização das tarefas dos mapas. Ou seja, o objetivo muda em cada investida e os inimigos também não se encontram nos mesmos lugares que antes. Por isso, não é possível decorar um caminho ou o que se deve fazer, cada jornada é única. Não é possível determinar qual local é o mais perigoso ou saber que inimigo você irá encontrar atrás de uma porta.

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Imagem: Gabriel Magalhães | Forever Jogando

Esta mecânica desencadeia outro trunfo: a estratégia. Estamos falando de Rainbow Six, estamos falando dos operadores de Siege, e se tem uma coisa em que esses caras são bons é em agir de maneira tática. Como eu disse anteriormente a mecânica de Siege está presente, sendo assim, é possível usar os principais recursos que já conhecemos para sobreviver aos ataques alienígenas.

Você deve estar curioso para saber a respeito da dificuldade, então vamos lá. No modo solo o game não é fácil. Primeiramente por você não ter “olhos extras” para te auxiliar a visitar outras áreas e identificar ameaças, em segundo lugar por não ter apoio na hora de enfrentar inimigos. Como não é possível jogar com Bots você tem que se virar quando as coisas dão muito errado.

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O modo cooperativo é muito mais interessante por isso. A companhia de pelo menos uma pessoa torna a missão mais rica, em especial quando há uma boa comunicação entre os que estão jogando.

Gráficos e desempenho

Eu tive a oportunidade de jogar no Xbox Series S e não tenho nada a reclamar sobre a minha experiência. Os gráficos seguem o mesmo estilo de Siege, mas com cores mais vívidas. A mistura de tons pretos, cinzas e amarelos dominam os cenários e dão um contraste interessante, que nos faz lembrar de áreas radioativas e perigosas.

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Imagem: Gabriel Magalhães | Forever Jogando

O desempenho também não deixa a desejar, oferecendo uma experiência fluida tanto sozinho como com outros jogadores.

Veredito

Rainbow Six Extraction traz uma nova interpretação para o um gênero já conhecido do público. A Ubisoft apostou no combate tático e na capacidade de gerar randomização nos mapas para criar uma experiência mais autêntica e interessante para se jogar novamente. Este é o pilar em que o título de apoia.

O jogo tem conteúdo suficiente para um título de lançamento, o leque te personagens agrada e as mecânicas de jogo como, por exemplo, resgatar um operador ferido, tornam a jogatina bem legal. Mas é claro que ele precisará de novidades para se manter interessante por muitos anos.

Este game é para aqueles que gostam de se superar, enfrentar inimigos fortes e flertar com mecânicas stealth. Se você é fã de tudo isso e quer sair da mesmice de matar zumbis então não perca tempo e vá jogar Extraction.

Nota: 7,5

A Ubisoft forneceu uma cópia de Xbox Series X|S para realização desta análise.

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