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Análise | Phantom Breaker: Omnia revive a franquia da 6ª Geração

O fogo em seu coração está queimando?

Phantom Breaker sempre foi uma franquia discreta no mercado dos jogos de luta. Depois de um hiato de quase 10 anos a série está de volta com Phantom Breaker: Omnia, que está disponível para PC, PS4, Switch e Xbox One. Confira a seguir a nossa análise do game.

Sobre o game

Phantom Breaker: Omnia é um jogo de luta em 2D, no formato 1×1, isto é, não se trata de um game onde você forma times, como acontece em TEKKEN Tag ou Marvel vs Capcom. Levando em consideração os padrões estéticos de hoje, ele se encontra na mesma linha que Guilty Gear e Skullgirls, por exemplo. Ele tem em seu DNA o espírito dos anos 90 e o carisma de animes contemporâneos.

O game tem no seu elenco 22 personagens jogáveis, sendo a maioria deles mulheres. Como dito pela própria desenvolvedora, ele é um “anime fighting game”, ou seja, o design dos personagens segue o estilo que estamos acostumados a ver nos desenhos japoneses da atualidade. Embora os heróis e vilões sejam carismáticos é possível notar falta personalidade em alguns bonecos.

Análise Phantom Breaker Omnia

Existem casos justificáveis, como L e M, que compartilham o mesmo sprite, mas com cores diferentes ou ainda Artifactor e Maestra, que têm a mesma roupa em cores distintas. Por outro lado, há personagens sem ligação direta que são semelhantes no modelo de rosto. Isso só é perceptível no menu de seleção de personagem, mas não deixa de chamar a atenção. É um problema para a experiencia in game? Não, mas seria interessante ver um pouco mais de “exclusividade” na arte de cada um.

Gameplay

O charme do jogo está no seu gameplay. Com exceção de uma personagem, que não citarei para evitar spoiler, todos os bonecos tem três estilos de jogo. No modo Quick os combos são mais acessíveis, o que é ideal para quem está começando a jogar; o modo Hard exige mais habilidade dos jogadores e é ideal para quem busca uma experiência raiz, como nos fliperamas; já o modo Omnia é um estilo equilibrado (e meu preferido), que mescla a acessibilidade de Quick com a pressão do Hard.

Além disso, existem movimentos que estão exclusivos de cada modo de jogo. O “All-Range Attack” só pode ser usado em Omnia, enquanto o “Overdrive” só pode ser executado no Quick e Hard. Em outras palavras, vale a pena experimentar todos os estilos e ver qual é o mais indicado para você.

Análise Phantom Breaker Omnia

De maneira geral o gameplay é bom e eficiente. É o tipo de jogo que ao aprender a controlar um personagem você automaticamente aprende a jogar com todos, o que, do meu ponto de vista, é bem legal. As mecânicas são eficientes e respondem muito bem aos comandos do controle. Não existe uma fórmula robusta, como em outros games do gênero, mas ele tem o suficiente para não ser genérico.

O que mais me chamou atenção do game foram os esquemas de guard e counter, pois eles são muito responsivos e podem ajudar a virar uma partida no estilo Momento 37. Isso acontece por causa do sistema de recuperação de vida do jogo. O personagem tem uma segunda camada na barra de vida, que fica em vermelho, que vai sendo preenchida gradativamente enquanto você não tomar nenhum golpe.

Análise Phantom Breaker Omnia

Durante a minha experiência eu encontrei poucas partidas online, por isso, eu diria que quem comprar o jogo deve ter em mente que os modos de jogatina offline serão as principais fontes de diversão. Além da campanha existem os modos Arcade, Time Attack, Endless Battle e Score Attack, modalidades bastante conhecidas para os amantes de jogos de luta.

Veredito

Phantom Breaker: Omnia é um game de luta simpático que aposta num público alvo: os amantes de anime e Fighting Games 2D. Devido a sua baixa popularidade do cenário, é um título que dificilmente terá uma comunidade online muito ativa ao longo dos anos, principalmente por não ter o cross-play, que seria muito interessante e fundamental para melhorar o tempo de espera para se encontrar partidas na rede. Mesmo assim é um jogo divertido e uma opção interessante para quem quer fugir dos games de luta blockbuster ou mesmo apostar numa coisa nova.

Nota: 6,5

A agência de RP do jogo forneceu uma cópia de PS4 para realização desta análise

Gabriel Magalhães

Criador do Forever Jogando. Produz conteúdo no segmento de jogos eletrônicos e cultura pop desde 2015. Além do FJ tem textos publicados em grandes portais, como Uol (Start) e GameHall.
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