Análise | Guardiões da Galáxia é perfeito para os fãs das HQs e dos filmes
Junte-se a Peter Quill e cia nesta aventura espacial frenética
Eu me considero um grande fã de Guardiões da Galáxia. Embora não tenha consumido todo o conteúdo já lançado, eu já li um arco das HQs, vi os filmes e tenho minhas action figures. Estou dizendo isso para ilustrar o quão este game era aguardado por mim.
O quinteto mais desajustado e cômico dos quadrinhos merecia uma adaptação decente para os jogos. Afinal de contas, depois de tantas aparições em games mobile e não canônicos, chegou a hora do Senhor das Estrelas e sua gangue estrelar o próprio título de ação.
Guardiões da Galáxia é um jogo de ação em terceira pessoa, single player, sem modo cooperativo. Como nos velhos tempos! Apenas você e uma trilha sonora de primeira pelas próximas 17 horas (ou 20h se você morrer muito várias vezes, como eu).
Vale reforçar sobre a trilha sonora, pois assim como nos filmes, esse jogo é recheado de clássicos dos anos 80 e, além disso, conta com as músicas da Star-Lord Band, uma banda de heavy metal criada exclusivamente para este game com um disco de 10 faixas incríveis.
Sobre a história
A história do game se passa 12 anos após a batalha contra Thanos e o povo Chitauri. Os Guardiões estão numa missão particular e, sem querer, violam leis espaciais. Agora eles precisam pagar uma multa para evitar a apreensão da Milano, a nave de Peter Quill. A partir daí vários eventos desencadeiam uma história cheia de ação e muito humor.
O game não segue os eventos dos filmes e sim a história dos quadrinhos. Por isso muitas diferenças podem ser observadas pelos jogadores. Dentre elas as roupas dos personagens, o tipo de relacionamento que eles têm uns com os outros e também alguns eventos relacionados ao lore. Ou seja, qualquer “spoiler” que você possa tomar refere-se as HQs, não ao MCU dos cinemas.
O enredo é repleto de conversas paralelas entre os personagens, que estão sempre opinando sobre o que está acontecendo na história e também discutindo entre si. Você, como Peter Quill, tem a oportunidade de intervir nesses diálogos e dar sua opinião, o que desencadeia reações diferentes dos seus amigos.
Gameplay
É possível controlar apenas um personagem, o Senhor das Estrelas. Peter Quill começa utilizando apenas as suas Element Guns, mas ao longo da história ganha outras habilidades. Quanto aos demais personagens você pode controlá-los indiretamente, dando comandos para realizar interações. Isso acontece em dois momentos, quando é necessário executar uma ação no cenário e durante as batalhas, ao executar um combo.
Mesmo assim é possível upar toda a equipe. Os pontos de experiência podem fortalecer Quill ou abrir novos recursos de combate dos demais membros da equipe. Diga-se de passagem, eu achei o “preço” dos upgrades elevados em relação a quantidade de experiência que você acumula na dificuldade normal, por isso, nas primeiras horas, se evolui muito pouco.
A jogabilidade é bem divertida. Existe uma gama de recursos que podem ser utilizados e, além disso, você pode finalizar os inimigos realizando combinações exclusivas entre Quill e outro personagem ou um movimento solo do Senhor das Estrelas. Nem sempre o combate será intenso, mas algumas hordas podem testar seus reflexos, mesmo no modo normal. Já os inimigos tem uma I.A. sólida e atacam de maneira distribuída, ou seja, você terá que salvar os demais e reanimá-los em alguns momentos.
Performance no Xbox Series S
No Xbox Series S ele roda a 1080p e 30FPS estáveis. O pequeno notável na Microsoft consegue manter o desempenho, mesmo em momentos de muita ação. O que deixa a desejar é a ausência de modo performance, logo não é possível escolher entre gráficos ou taxa de quadros. Já os personagens são muito bem detalhados e não há perda de qualidade na perspectiva draw distance. No que diz respeito a falhas, o que eu pude notar foram alguns engasgos em sequências de animação, logo após Quill escolher uma opção, e também uma leve demora (2 a 3 segundos) para um personagem reagir após o comando de interação, mas isso aconteceu apenas dentro da Milano.
Veredito
A Eidos-Montreal estudou o universo de Guardiões da Galáxia e trouxe para os fãs uma história original que captou a essência das HQs mais a dinâmica dos filmes. Aqui no Brasil o game chegou totalmente localizado em pt-br, contando com os dubladores oficiais dos cinemas.
Guardiões da Galáxia é bom não apenas como um título de ação em terceira pessoa, mas também como adaptação de super-heróis, sendo um dos melhores títulos do segmento nos últimos anos.
Nota: 8,5
A Square Enix forneceu uma cópia para Xbox Series X|S para a realização desta análise.