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Análise | Riders Republic é um parque de diversões que nunca fecha

Jogue como quiser, conquiste tudo que puder

Eu cresci nos anos 90, ou seja, eu vivi o auge da disseminação dos esportes na mídia e cultura pop. O Nescau era radical, os Super Patos arrasavam no hóquei, os eventos da X Games faziam qualquer criança vibrar com as manobras incríveis. E já nos videogames, Tony Hawk’s Pro Skater, MTV Sports e Downhill Domination, por exemplo, eram obrigatórios na estante de qualquer um. Toda essa nostalgia veio à tona, pois Riders Republic tem gostinho de infância.

O sucessor espiritual de Steep

Tive a oportunidade de publicar o review de Steep em 2016 (clique aqui). Por isso me sinto à vontade para traçar algumas semelhanças e diferenças entre ele e Riders. Ambos os títulos foram desenvolvidos pelo estúdio Ubisoft Annecy, e tem como diretores Igor Manceau e Arnaud Ragot.

análise riders republic

Steep é um jogo de esportes radicais focado em eventos de inverno/na neve. Não apenas o conteúdo de lançamento, mas também suas expansões. No game original era possível andar esqui, snowboard, parapente e wingsuit. A sua mecânica e física buscam ser próximas da realidade, embora seja difícil considera-lo um simulador. Um exemplo disso são as colisões em árvores ou tropeços na neve, que fazem seu personagem rolar por muito tempo até conseguir se recompor.

Enquanto seu antecessor tem uma pegada mais séria, Riders Republic tem um gameplay arcade e pegada casual. Você pode pedalar de bike, deslisar pela neve ou planar com wingsuits (inclusive a jato!). Tudo isso de um jeito descontraído, onde o mais importante é a diversão.

Apresentação

Em Riders Republic existem 7 parques distintos que foram recriados por informações de GPS. Yosemite, por exemplo, tem uma geografia mista, que permite a pratica de todos os esportes, por outro lado, Mammoth Mountain é perfeita para snowboard e esqui. Cada região tem suas peculiaridades de você pode passar muitas horas na sua preferida sem ter que ir para outro lugar.

Essa liberdade me lembrou Forza Horizon. A ideia festiva de Riders é bem semelhante ao jogo de corrida da Microsoft. O mesmo pode-se dizer do método de progresso do jogo. Você participa de um evento e recebe uma recompensa.

Falando nisso, é importante ressaltar a positividade do game. Aqui não existem perdedores. Não importa se você chegou em primeiro ou em último lugar, você sempre receberá um parabéns e uma estrela (pontuação do game) ao terminar a partida. No começo pareceu estranho, mas depois de um tempo comecei a curtir a ideia. Para ser sincero essa experiência de não ser cobrado ou obrigado a galgar os primeiros lugares me fez aproveitar ainda mais as partidas. Fui completando muito mais eventos apenas pelo prazer de adquirir novos equipamentos sem sentir a pressão de subir até tal nível ou coisas do tipo.

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Eu também passei muito tempo rodando livremente, sem me preocupar com nada, apenas conhecendo um ponto aqui e outro ali. Andava de bike, mudava para snowboard, depois procurava um ponto alto com wingsuit. Eventualmente descobri lugares novos, encontrei equipamentos e fui aperfeiçoando as manobras.

O gameplay

Como eu citei anteriormente, Riders Republic teu uma pegada arcade. Você pode retroceder a partida para refazer uma manobra, as suas quedas  e desequilíbrios são amenizadas e, muitas vezes, seu personagem executa movimentos humanamente impossíveis. Algo parecido com o que vemos em games de carro do mesmo estilo, The Crew 2 ou Forza Horizon, onde seu personagem não morre ao bater o carro, por exemplo.

Análise Riders Republic
O modo multiplayer suporta mais de 50 jogadores.

Quanto a jogabilidade ela é melhor do que em Steep. Os comandos são mais espertos e fáceis. Além disso, o game em si é mais rápido do que o seu primo mais velho. Meus esportes favoritos são os que envolvem bike, pelo seu dinamismo, seguido por esqui e snowboard. Wingsuit continua sendo um desafio para mim e por isso foi o que eu menos usei durante a minha jogatina.

Desempenho no Series S

Riders Republic não tem modo de desempenho no Xbox Series S. Ele roda muito bem e a presença de loadings é quase imperceptível, mesmo ao viajar de um canto do mapa para o outro. Não presenciei pop-ups durante o jogo livre, nem praticando eventos em alta velocidade.

Análise Riders Republic

Ele roda a 60FPS e é graficamente um jogo bonito. Eu só senti um pouco de perda de qualidade no draw distance, mas, para além disso, não tenho o que reclamar. Não querendo ser repetitivo, mas o modo de desempenho seria muito bem vindo, pois a paisagem é linda de se admirar e seria mais agradável poder ver isso com mais detalhes e resolução.

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Veredito

Riders Republic é um jogo de esportes radicais que tem em seu DNA o espírito dos games que consagram o gênero. Uma época em que o mais importante era divertir o jogador, sem se preocupar com o que é possível fazer na vida real ou não.

A fórmula aqui é essa. Seja você mesmo, se aventure como quiser e onde quiser. Faça manobras, seja o mais rápido, se distraia por horas, não seja julgado por chegar em último. Apenas se divirta. Com certeza é um jogo atemporal, que agradará especialmente os fãs de The Crew 2, Forza Horizonte ou Tony Hawk’s.

Nota: 8

A Ubisoft forneceu uma cópia para Xbox Series X|S para a realização desta análise.

Gabriel Magalhães

Criador do Forever Jogando. Produz conteúdo no segmento de jogos eletrônicos e cultura pop desde 2015. Além do FJ tem textos publicados em grandes portais, como Uol (Start) e GameHall.
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