Análises

Análise | Call of Duty Vanguard reinventa a 2 ª Guerra com personagens marcantes

Prepare-se para ver a guerra de um jeito diferente

Fazer a análise de Call of Duty Vanguard foi uma experiência nostálgica, pois há anos eu não jogo um FPS que se passe durante a Segunda Guerra Mundial. É bem provável que a última vez em que “eu” lutei contra a Alemanha Nazista fora no quase hormônio Medal of Honor Vanguard, em 2007.

A Sledgehammer, responsável por CoD WWII, está de volta e, desta vez, com uma densa, digna do cinema hollywoodiano, com muito diálogos profundos e personagens com muita personalidade. Tudo isso numa campanha de aproximadamente 6h, que não deixa o jogador descansar.

Conheça a Task Force 1

Você tem a oportunidade de jogar com quatro personagens ao longo da campanha e cada um deles tem um gameplay diferente, isto é, possuem habilidades únicas que só eles podem usar.

Análise Call of Duty Vanguard

Arthur Kingsley, o líder do grupo, pode dar ordens aos demais soldados que o acompanham. Na maioria das vezes você tem uma ou duas opções que se resumem em decidir se irá atacar um semilagarta alemão ou se atira num grupo determinado de soldados que vem pela esquerda ou direita.

A Polina Petrova é a franco-atiradora do grupo e também especialista em ataques furtivos. Além disso, ela consegue passar rapidamente por debaixo de mesas ou buracos, logo ela consegue ser muito rápida e muito boa para enfrentar muitos inimigos de maneira discreta.

Wade Jackson é o piloto do time. Além de ter missões aéreas ele consegue perceber a presença de inimigos e enxergar a silhueta deles. Com esta habilidade em mãos você pode matar vários inimigos ao mesmo tempo em câmera lenta, muito parecido com o que Sam Fischer faz em Splinter Cell.

Por último, mas não menos importante, temos Lucas Riggs, um soldado australiano especialista em explosivos. Diferente os outros membros ele é capaz de portar quatro tipos de explosivos ao mesmo tempo e você pode o trajeto das bombas antes da lançá-las.

Compre Call of Duty Vanguard clicando aqui.

Gameplay

A ideia de variar a jogabilidade é interessante e funciona bem na maioria das vezes. Entretanto a Sledgehammer poderia ter investido mais nesse ponto. Eu não me senti como um líder jogando com Arthur, pois as opções de ordem eram limitadas, lineares e não me passaram a sensação de estar realmente fazendo uma escolha. Já com Lucas, nem sempre a mira de granada era eficiente e mesmo aumentando o HUD nas configurações eu ainda me sentia com o campo de visão limitado.

Análise Call of Duty Vanguard

Wade e Polina são os melhores personagens no quesito gameplay. Pilotar foi muito divertido e enfrentar uma horda de soldados no meio da selva foi muito realista e um dos pontos altos do jogo. Já a Polina é perfeita. Ela é a personagem com a jogatina mais variada e comandos bem elaborados. Quando o arco da Polinca termina bate uma tristeza, pois ela realmente é especial.

Enredo

Call of Duty Vanguard tem uma pitada de Quentin Tarantino, pois, assim como em Bastardos Inglórios, o game retrata um grupo de soldados numa missão clandestina e eventos não canônicos sobre Hitler e o final da Segunda Guerra.

Após uma missão inicial os soldados são capturados e interrogados por um oficial alemão. Neste momento iniciam-se flashbacks para contar o background de cada personagem. É aí que você tem a chance de sabem quem é quem e o por que eles foram escolhidos para estar a Task Force 1(Vanguard).

Análise Call of Duty Vanguard

A medida em que a história progride você percebe por que eles estão ali. Arthur Kingsley escolheu sua equipe baseando-se não apenas nas habilidades de cada um, mas no passado deles como soldados e como foram afetados pela guerra.

Lucas, por exemplo, era visto como um lixo pelos ingleses, um mero soldado australiano, totalmente descartável. Já a Polina perdeu tudo que tinha, família, amigos, cidade, e não tinha mais nada a perder. Tudo que ela precisava era de vingança e um serviço concluído. Por outro lado, Wade é um homem que viu de tudo, fez de tudo na guerra e viu com os próprios olhos que soldados negros que nunca seriam lembrados ou citados na história estavam dispostos a morrer pelo seu país.

Este esquadrão (quase) suicida esbanja carisma. É um elenco memorável que tem tempo para ser desenvolvido. São rostos e histórias que marcarão qualquer jogador que se aventurar na campanha.

Outro ponto alto é a trilha sonora, que pode ser ouvida clicando aqui. As composições de Bear McCreary são cinematográficas e fazem com que todos os momentos se pareçam épicos. Não importa se você está em fuga ou tentando atravessar o campo de batalha, a música consegue acompanhar o ritmo da cena e torna aquilo especial.

Multiplayer

A experiência multiplayer é boa, seguindo o padrão de Call of Duty que já conhecemos. Os mapas são mais abertos e com menos pontos cegos gritantes, como acontece em Black Ops Cold War. Acredito que a longo prazo isso proporcionará uma experiência mais agradável. Já o modo zumbi não me chamou muito a atenção e eu prefiro continuar jogando a versão de Black Ops do que a de Vanguard.

Análise Call of Duty Vanguard

Em outras palavras a melhor parte online é o multiplayer. A menos que o modo zumbi sofra updates notáveis as pessoas passarão mais tempo nos demais modos de multijogador.

Veretido

A minha análise de Call of Duty Vanguard é positiva. O game se destaca por ter uma campanha muito legal, com características cinematográficas, uma dublagem em português do Brasil e personagens memoráveis, em especial a Polina.

Mas é claro que os games comprar Call of Duty pensando na experiência online, certo? Bem, por este lado, o jogo pode melhorar. Embora o modo multiplayer esteja satisfatório o modo zumbi precisa de revisões para ser mais interessante a longo prazo. Se a Sledgehammer/Activion prestarem a atenção na comunidade esta experiência poderá ser nota 10 no futuro.

Nota: 7,5

A Activision forneceu uma cópia de PS4 para a realização desta análise.

Gabriel Magalhães

Criador do Forever Jogando. Produz conteúdo no segmento de jogos eletrônicos e cultura pop desde 2015. Além do FJ tem textos publicados em grandes portais, como Uol (Start) e GameHall.
Botão Voltar ao topo